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Casos de infecções por SRAG e Influenza A vem lotando hospitais em todo Brasil FOTO: Tomaz Silva - Agência Brasil |
Os casos de contaminação e mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seguem aumentando em todo Brasil. Conforme o Boletim InfoGripe da Fundação Fiocruz, a mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre crianças e idosos. Na população idosa, destacam-se os óbitos associados à influenza A. Nas crianças, predomina a incidência e a mortalidade de SRAG pelos rinovírus e influenza A. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 22, de 25 a 31 de maio.
A situação no Sul do Brasil é mais preocupante, tendo em vista o clima mais frio. Até o último fim de semana, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná já havia confirmado 523 mortes por SRAG. O Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, vem clamando para que a população se vacine já que os hospitais estão ficando lotados de pacientes com doenças relacionadas a Influenza A, além de outras semelhantes. Santa Catarina já soma mais de 113 mortes enquanto que no Rio Grande do Sul mais de 507 pessoas vieram à óbito por conta de doenças respiratórios neste ano.
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No Paraná, Secretário de Saúde de Estado, Beto Preto comunicou nova contratação de leitos para suprir a demanda - FOTO: AE Notícias |
Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella aponta que os casos de SRAG em crianças de até quatro anos têm sido impulsionados principalmente pelo VSR. "Porém, o rinovírus e a influenza A também têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG nessa faixa etária e em adolescentes de até 14 anos". Portella ainda complementa: "os dados laboratoriais por faixa etária indicam que a influenza A é responsável pelo aumento das hospitalizações por SRAG entre idosos a partir dos 65+ anos e adultos e jovens a partir dos 15 anos”, explica.
Situação de alerta
No Paraná o aumento nos registros de casos levou a contratação de 58 novos leitos para atender a demanda, além disso, a Secretaria de Estado da Saúde editou uma resolução para ser adotadas por municípios na prevenção e no controle das doenças, assim como atendimento prioritário para pacientes com sintomas de SRAG e novas medidas para reforçar a vacinação em grupos prioritários. Em 2024, foram registradas 4.951 internações de crianças até cinco anos e 5.573 de idosos acima de 60 anos de idade. Em 2025 foram registradas 5.765 internações de crianças e 6.937 de idosos, num aumento de 14,12% e 19,66%.
Em Santa Catarina a faixa etária mais afetada é a de 60 a 69 anos, com 31 mortes. Entre 70 e 79 anos, foram registradas 27 mortes, e acima dos 80 anos, 25 pessoas faleceram. Florianópolis lidera o ranking de mortes por SRAG em Santa Catarina, com 18 mortes já contabilizadas. Em seguida está Chapecó, com 13 mortes, Lages, com 10 mortes, Joinville, com 10 óbitos e Tubarão, que já contabilizou quatro mortes por doenças respiratórias neste ano.
Ano epidemiológico
Em 2025, já foram notificados 83.928 casos de SRAG, sendo 41.455 (49,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 29.563 (35,2%) negativos, e ao menos 7.334 (8,7%) aguardando resultado laboratorial. Entre os casos positivos, 22,7% de influenza A, 1,2% de influenza B, 45% de VSR, 22,8% de rinovírus, e 11,1% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 38,9% de influenza A, 0,9% de influenza B, 47,3% de VSR, 15,9% de rinovírus, e 1,7% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 73,4% de influenza A, 1,3% de influenza B, 12,8% de VSR, 10,4% de rinovírus, e 5,1% de Sars-CoV-2.
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Saúde púbica